12/06/2007

Comemorar ou comprar?


Chegamos a mais uma data comemorativa - ou consumista - me refiro ao Dia dos Namorados.

Nosso calendário tem suas datas comemorativas que se tornaram sinônimo de presente (presentear ou ser presenteado), perdendo assim o seu sentido. Algo natural, se formos prestar atenção no atual instinto humano, a troca de valores na sociedade é cada vez mais gritante. Pergunte para uma criança o significado do Natal? Na verdade a pergunta pode ser feita até mesmo para um adulto – que independente da crença – não sabe o real sentido da data em questão. Mas seguimos, pois a de hoje não é o nascimento do menino Jesus, e sim o dia em que casais “apaixonados” trocam presentes e juras de amor.

Talvez o texto soe amargurado - por influência de um coração solteiro - mas é apenas impressão, não sou contra a data propriamente dita, apenas me incomoda a perda do sentido. O que vale mais para uma namorada, a fidelidade do “amado” ou a bota de R$ 300,00 ?

Se eu tivesse “uns troco” sobrando era capaz de apostar, que a quem valorize muito mais o presente material do que os valores, que fazem de uma pessoa digna de ser amada. Tudo porque, já é do ser humano se apegar ao bem material. Não culpo, outra “virtude” desenvolvida é a de decepcionar ou decepcionar-se, e com isso passa-se a valorizar aquilo que não nos decepciona, pode até sair de moda, mas tem medidas e cores para cada gosto.

Não escrevo para consolar os solteiros e solteiras, e de modo algum para desvalorizar qualquer relação, apenas trago o questionamento em relação ao real sentido das coisas. A troca de valores vai muito além do 12 de Junho... E o que será que vai durar mais, as juras de amor ou os presentes?

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